A primeira vez que a vi diante dos meus olhos, confesso que senti um tamanho deslumbramento. Imagine você diante de algo desconhecido, mas que te faz feliz. Sabe o que sinto ao ver algo nascer assim diante dos olhos?Um “descontentar-se de contente”.Uma sensação que nos deixa cheio de alegria. O coração saltitante, faltando saltar fora do peito. Foi assim que me senti quando a vi sugir em meio à terra fértil e úmida.Fiquei imaginando quando ela começasse a florir,quando suas pétalas desabrochassem, quando desse fruto; Quando os frutos ficassem maduros e suas sementes secassem; Mesmo quando a sua vitalidade se esvair ainda sim sua semente será capaz de geminar.Será capaz de despertar, ao ser tocada por uma pessoa, o ardor que faz queimar a carne humana. Perplexo é o sentimento, a palavra que expressa tamanho estranhamento diante da força, do magnetismo, desse ser de natureza tão sutil. Um criaturinha muito complexa aos olhos humanos. È esplêndido vê-la. Em saber que eu sou parte disso ou mero espectador do seu desabrochar? Todos os dias a observo. Vejo o seu desenvolver, me envolvo com sua beleza espceial e natural. Um ser vivo, dono de uma de uma pureza sem igual, tão jovem e já é capaz de causar tanta euforia no ser considerado da raça superior - o bicho homem. Sou grato pela sua existência. Só em saber que ela está ali crescendo e a cada dia mais: bela, verde e experimental.

4 comentários:
"Em saber que eu sou parte disso ou mero espectador do seu desabrochar?"
Gostei dessa parte... O despontar sempre carrega consigo a magia de se estender .. de ir além do limite do ser. É como se a criatura fosse de alguma forma extensão do criador.. como uma fusão entre a formação e a contemplação da criatura amada.
É meio infantil falar isso, mas eu acho tão bonitinho e fico tão boba, falando pra todo mundo, quando as minhas orquídeas florescem...
Eu sei que o texto está além do desabrochar de uma flor, e aí vai do momento de cada um.
Mas foi ao que ele me remeteu. A algo simples e corriqueiro mas que faz a minha vida mais feliz por uns tempos...
Seus textos são belos por nos fazer lembrar de coisas do dia a dia que nao nos damos conta por conta da nossa cegueira...
Seria isso o ensaio para um bebê? rs... Bjins
Senhorita Elizabeth,
Não não é um ensaio porque a vida não é um ensaio.Obrigada pelo questionamento.
bjs
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