quinta-feira, 18 de março de 2010

Pertencer

Nenhum lugar me pertence ou será que não pertenço a lugar algum? O corpo é um estado perene, com data marcada de sua autodestruição. E a alma? Como pode um algo tão sublime habitar algo tão perecível: o corpo? Tem gente que passa a vida toda procurando uma couraça para se sentir protegido das adversidades: do mundo, do medo, da dor, da solidão, da alegrias e das mazelas da vida. Às vezes me pergunto, todos nós somos assim? Procuramos a estabilidade, financeira, estabilidade emocional, estabilidade amorosa, para alcançarmos o que muitas pessoas chamam de rotina de vida, ou de tal felicidade. Não seria a felicidade também um estado de espírito?E assim, procuramos ser aceito desde a infância queremos que os nossos primos nos aceitem, queremos, quando criança na pré-escola ser aceito pelas crianças maiores.Quando na adolescência queremos ser aceito,nos grupos, queremos pertencer à um grupo, queremos ser aceitos pelas meninos ou meninas mais bonitas da escola. Na universidade queremos ser aceitos pelos colegas e professores. Depois, queremos, aceito pelos colegas de trabalho. Ser aceito pelos parceiros amorosos, e assim seguimos a vida, sempre querendo pertencer... Quando na verdade não pertencemos a nada nem ninguém, nem a lugar algum se não a nos mesmos.

terça-feira, 2 de março de 2010

Companheira

Às vezes ela vem-me visita, como se fosse uma canção de ninar.
Só que em seu colo me sinto só
Essa companheira que chega e me machuca sem dó
Sinto que ela tem muita a me ensinar
Os meus s olhos enchem de lagrimas e na garganta um nó
Mas devo admitir que as vezes só queria ela não viesse me visita, assim sem dó
Daí penso, quem nessa vida quem, às vezes, não se sente só?
Assim sem avisar, ela chega e eu fico tão pequeninha que mais pareco um mendigo à mendigar
Então, me levanto, me enrolo num manto e saio a devagar
Olho para o canto e a vejo a me encarar
Sem dó
vejo a solidão em seu olhar