segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Sujeito sem jeito

Sujeito sujo, surdo e mudo no mundo.

Parado, calado, deitado, sentado no murro

De um lado a vida

Do outro a partida

Sujeito, sem jeito, sem feitos

Perdido na vida

Despeitado, despertando para o mundo...

Seguindo cada dia uma vida

Sem eira nem beira, sem eixo, sem tudo

Punho cerrado, corpo fechado, coração apertado no peito

Simplesmente mudo, sem jeito

Amarrado as amarras do mundo

Sempre em frente ainda que doente e cheio de defeito

Na cabeça a dúvida, na mão o pão, na vida a doce ilusão de ser o tudo

Ainda que seja um sujeito meio sem jeito.


Perdido no mundo...


Cheio de defeitos...

Um comentário:

Jorge Amaral disse...

Hum... Esse é muito verdadeiro e compreende o sujeito que eu era.