domingo, 23 de novembro de 2008

Menina dos Olhos

Em seus olhos pequenos marejados de lágrimas
Vejo-me, presa à sua dor, ao seu amor, ao seu ar
Nunca distante de ti
Sempre estarei lá
Sou a menina de seus olhos, e deles sou prisioneira
Quando os vejo, me vejo, me encontro, me perco em seus prantos...


Em suas páginas
Vivendo à sua maneira
Tento ir-me, mas, eu, sua menina e assim sempre serei...
Presa no canto, no recanto, sem ar
E aqui, sempre, estarei prisioneira de mim em ti.
Dos meus próprios medos, medo de ir.



E quando penso em ir-me, me vejo perdida dentro da imensidão do seu olhar.
Nada me prende a ti
Somente o seu olhar
Que me condena
De dar pena
Faz-me pensar

Sem corda, ou algemas
Lema, remo ou motivo para andar
Sem seus olhos, para me guiar,
Sinto-me sem eira nem beira
Sou como um barco a deriva no além mar

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