segunda-feira, 30 de março de 2009

Ventos do Norte

Uma fenda se abre no coração
Várias portas se abrem na imensidão
Vê-se a cegueira branca
Desejos, certezas e duvidas que vem e vão
A realidade de tanto refletir cega, e o vento da vida balança


Para que tanto?
Se nem sabemos o quanto?
Quando, onde, porque e para que?
È quando o cajado da vida deposita nas costas o peso:
Das escolhas
Das bolhas que estouram

Quando vemos o quanto somos vulneráveis
Quando somos jogados na realidade por hora construída
Quando vemos de quantos caminhos podem nos levar a vida

O futuro é um poço, um fosso, um foco de luz na escuridão
E então? Na esperança de que os ventos do norte tragam sorte a este coração
È quando uma criança chora à espera que lhe peguem a mão e lhe digam a direção
Ah, inocência, pura, branca
Vida insana, que chama...
Em chamas o coração
Chama

Um comentário:

Rodrigo Ávila disse...

Puta merda!!!!!! Que coisa linda. Fiquei sem palavras. Eu senti a angústia em mim por tuas palavras, pelos caminhos loucos que a palavra escrita nos faz buscar. Lembrei-me de Manuel Bandeira: "E os teus desejos ferventes vão batendo as asas na irrealidade... O que tu chamas tua paixão, é tão-somente curiosidade".
A vida!!